Rozès

Todos nós cometemos alguns erros quando começamos a beber vinho.

Até degustadores mais experientes, uma vez ou outra, acabam por cometer alguma gafe.

Segurar a taça de maneira incorreta, servir a bebida na temperatura inadequada e abrir uma garrafa de champagne de forma perigosa, são apenas alguns dos erros que pode estar a cometer.

Mas fique tranquilo!

Neste artigo do Blog Rozès, vai descobrir quais são os 8 maiores erros de quem começa a beber vinho, e o melhor: vai aprender como evitá-los.

Continue a ler para descobrir o que NÃO FAZER na hora de beber vinho e aumente ainda mais o seu conhecimento.

 

1.       Não comprar vinho com tampa de rosca

Muitos acreditam que os vinhos com tampas de rosca (as famosas screwcaps) são produtos de menor qualidade e optam por garrafas fechadas à rolha. Mas poucos sabem que as tampas de rosca são extremamente eficientes para o fechar da garrafa – dificulta a entrada de oxigénio e garante que os vinhos (principalmente os mais delicados) permaneçam frescos e bem preservados por mais tempo.

Se costuma comprar vinhos jovens, de safras mais recentes e os consome dentro de poucos meses, é indiferente escolher vinhos fechados com tampas de rosca, rolhas de cortiça ou sintéticas.

Mais importante que a forma de fechar a garrafa, é a seleção de um bom local para comprar vinhos de qualidade e saber como escolher um bom vinho.

 

2.       Escolher um vinho pelo rótulo ou formato da garrafa

Um rótulo bonito e uma garrafa com um formato novo podem ser muito atraentes.

Temos o produto nas mãos, apreciamos o trabalho do designer e imaginamos o produto em exposição num lugar privilegiado da nossa sala de estar.

O importante é termos em mente que a qualidade do vinho nada tem que ver com a beleza do seu rótulo, o formato da sua garrafa ou – como muitos também acreditam – a presença ou tamanho da concavidade no fundo do recipiente.

 

3.       Abrir a garrafa para deixar o vinho respirar

O contacto com o ar acelera o processo de oxidação dos vinhos.

A exposição ao oxigénio durante um determinado período de tempo pode ser benéfica, fazendo com que o processo de envelhecimento da bebida seja acelerado, despertando então as suas melhores qualidades.

Porém, abrir a garrafa e deixá-la aberta não é a melhor maneira de oxigenar o vinho.

Uma aeração eficiente dá-se através do contacto do ar com a superfície da bebida em que, se pensarmos rapidamente, num Decanter ou até mesmo num copo, a superfície do líquido que fica exposta ao ar é maior do que dentro da garrafa.

Resumindo, se não tivermos um Decanter, basta servir o vinho e deixá-lo “respirar” no copo, pelo tempo adequado.

 

4.       Abanar o espumante para remover a rolha

Quem nunca fez isso na Passagem de Ano, que atire a primeira rolha!

Por mais divertido que seja ouvir o estouro e arremessar a rolha para longe, esta não é uma forma adequada de abrir a garrafa de espumante, por vários motivos:

- Parte da bebida é perdida, pois transborda ao balançar a garrafa;

- O gás e as borbulhas perdem-se;

- Podemos atingir alguém e magoá-lo com a rolha;

- Podemos molhar-nos e molhar as pessoas que estiverem por perto;

 

A garrafa deve ser aberta devagar e sem ostentação – principalmente em locais públicos, segurando firmemente a rolha com uma mão e girando a base da garrafa com a outra.

Ao servir, despeje lentamente uma pequena quantidade da bebida na taça e, quando a espuma baixar, complete com 2/3 da sua capacidade.

 

5.       Servir o vinho à temperatura ambiente

A temperatura tem muita influência na perceção que temos do vinho.

Servi-lo na temperatura correta é fundamental para que ele expresse todo o seu potencial.

Devemos ter em mente que, além da temperatura mudar de acordo com as estações do ano, nalgumas cidades – principalmente do norte e nordeste do país – ela pode chegar aos 40ºC.

Quando o vinho está muito quente, o álcool sobressai-se e a sua experiência com a bebida será má. Por outro lado, se o vinho estiver demasiado frio, os seus aromas podem desaparecer completamente.

 

6.       Encher demasiado o copo

O vinho precisa de um considerável espaço vazio para que possamos aproveitar a bebida da melhor maneira.

Quando o copo está muito cheio, temos os seguintes problemas:

- O copo fica pesado, tornando difícil andar com ela na mão;

- Torna-se impossível girar o vinho, para oxigená-lo e expandir os seus aromas;

- O vinho vai aquecer;

- Podemos derramá-lo;

- Não é possível inclinar o copo para observar a cor, lágrimas e demais características do vinho.

O correto é encher apenas 1/3 da capacidade.

 

7.       Guardar o vinho destampado no frigorífico

Guardar o que não conseguimos beber no frigorífico, é uma prática comum, porém, a garrafa nunca deve ser guardada destampada, pois o vinho pode absorver os aromas – de alimentos e outras bebidas – ali presentes.

Mesmo tampando e guardando a garrafa, o vinho que sobrou não vai durar eternamente.

Outro problema em deixar a garrafa destampada é o contato demasiado com o oxigênio, que oxidará o restante da bebida mais rápido.

Se a sua intenção é beber o restante do vinho, o ideal é ter pequenas garrafas de 375ml para que as encha com o que sobrou e não deixe espaço vazio para o oxigénio.

 

8.       Servir os vinhos na sequência incorreta

Quando temos à disposição diferentes tipos de vinho, é fundamental montarmos a sequência correta para servi-los.

Alguns, por serem mais doces, encorpados ou alcoólicos, podem sobressair-se aos demais caso sejam servidos primeiro, apagando as características daqueles que vêm na sequência. 

A ordem de serviço apresentada a seguir pode ajudá-lo a servir os vinhos na sequência correta:

- Dos mais leves à Aos mais encorpados: Champagnes/Espumantes – Brancos – Rosés – Tintos – Fortificados

- Dos brancos à Aos Tintos

- Dos menos alcoólicos à Aos mais alcoólicos

- Dos mais secos à Aos mais doces

- Dos jovens à Aos envelhecidos

 

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